sábado, 7 de agosto de 2010

Pobres sonhadores!

Esperam da vida algo improvável, como um final feliz de um livro,
Decidem estar eternamente presos à perfeição
Que as últimas palavras de um conto de fadas trazem,
Sem mais mudanças, talvez somente adições das coisas boas que puderem imaginar,
Mas, nada que os possa surpreender ou trazer dor...

Insanos!
Aguardam desesperadamente o abrir da última página, incansáveis em esperar,
Desperdiçam suas vidas como inocentes crianças desejosas em crescer,
E, então, deixam a dor que é vital, lançam fora a  angústia e o choro
Que lhe desembaçam os olhos, o sofrimento cruel e necessário
Para sobreviver ao mortal labirinto  da vida

(A doce e traiçoeira vida,
Que nos dá e nos tira;
A real e a de mentira)

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